sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Outros povos, outras culturas!

Olá!

Estou de volta, após alguns problemas informáticos! O meu computador ficou virulento, e teve de sofrer uma desinfestação. Estas coisas não são exactamente baratas. Aproveito para demonstrar o meu ódio público por hackers, criadores e proliferadores de vírus informáticos. Não entendo qual o prazer de infestar sites, e fazer com as pessoas percam ficheiros, paguem caro os arranjos, e sofram de preocupações absolutamente dispensáveis! (Já agora, por vezes estes idiotas resolvem infestar sites de protecção anti-vírus!...lindo, não é?!)

Vou agora focar-me nas diferenças que tenho encontrado, entre Paris e Lisboa. Ao mudar-me para Paris, julguei que ia passar a viver num país mais avançado! Tinha mesmo a certeza de que ia para um país oficialmente do primeiro mundo! Qual quê!...

Cheques:
Aqui é frequente que os clientes ainda paguem com cheque nos super-mercados, nas lojas, em todo o lado! Altas bichas, e as pessoas a preencher os cheques, e tal, "a quantos estamos hoje?!". Há quanto tempo não vejo isto em Lisboa? Nem sei, mas já não se usa! É a gloriosa era do plastic money!!!

Caixas Multibanco:
Onde estão? Poucas, mal se vêem. Também, para pouco servem, tirando a utilização clássica!... Isto é um atraso! Imaginemos que uma indivídua naturalmente ruiva, como moi même, quer carregar o telemóvel. Ca podi! Não existe essa funcionalidade! Tem de se ir a um quiosque de tabaco (qual é a lógica disto? Céus!) Tipo pré-história, pagamos, e dão-nos um papel com os dados, para podermos ligar à operadora e fazer o carregamento ao telefone, como animais!!!

E se uma cidadoa quiser mudar o seu código de cartão multibanco? Impossível!!! Nem no multibanco, nem no banco, não há maneira! Se um código é atribuído a um cliente, este deve permanecer com ele até à morte de um deles!

Pagar contas:
Electricidade, gás ou água, serviços de internet e telefone: não há a opção pagar na caixa multibanco, nem código de pagamento, nem nada!!! A pessoa tem de se dirigir aos Correios, como na época dos nossos avós, e efectuar o pagamento. Isso, ou permitir que as empresas nos retirem os valores directamente da conta, o que leva a outro problema: valores acima do que foi gasto. Se não se estiver sempre a controlar via Internet as facturas, os valores podem ser loucos e a pessoa nem nota. Estou agora com uma dessas situações em mãos.

Compras na Net:
É uma piada! Estava eu habituada a fazer as minhas compras no Continente on-line, tudo corria maravilhosamente bem, o serviço era fantástico. Podia escolher o dia da entrega, e qual a hora, com um intervalo de 3 horas (tipo entre o meio-dia e as três). Aqui tentei comprar através do Carrefour-online algumas coisas… Goooood!!! Como começar? Bem, primeiro, eles não sabem o dia da entrega. Não se pode combinar. A hora, muito menos! E se a pessoa liga a dizer: “então, está previsto para quando?”, eles respondem que não sabem, porque as entregas são com os Correios. O serviço de entrega não tem nada a ver com o Carrefour! Maravilhoso, não é? Mandei vir uma caixa de arrumação com rodas, chegou toda partida, e estou quase há um mês a tentar resolver a situação… Desesperante! Parece que estou no Zimbabué!

Pedidos de desculpa:
aqui, foram abolidos em 1932! Ninguém pede desculpa! Se não desmagnetizam as nossas compras, e saímos a apitar, com o pessoal todo a olhar para nós e o segurança a fitar-nos como se fossemos delinquentes, ao voltar à caixa ninguém pede desculpa. Olham-nos com um ar de enfado, desmagnetizam os produtos e nada. Nem uma palavra! Irrita-me isto, que os serviços estejam cheios de gente sem maneiras. Pior que Portugal, de certeza!

Sacos:
Não dão, estão a poupar!... Já fui a lojas comprar coisas grandes, grandes como uma espécie de camiseiro plástico com gavetas, e fiquei à espera que a caixeira me desse um saco grande. Nada! Tive de pedir, meio escandalizada, um saco. Lá me deu, de má vontade! Parece-me óbvio, que os clientes tenham de colocar as compras em sacos, antes de saírem, não? Se forem objectos grandes, ainda maior a necessidade. Isto já me aconteceu no Monoprix, BHV (decoração), e supermercados variados.

E assim termina mais uma descrição do que por aqui se passa. De visita, em viagem, estas situações não são notórias, e a beleza da cidade é a memória mais vivaz com que ficamos. Morar aqui é diferente!

Até breve!

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