quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Olá a todo! É só uma piada, porque sei perfeitamente que (tirando duas almas caridosas ou com bom gosto, o meu ego ainda não decidiu!) ninguém lê isto. É uma espécie de exercício a ver se dou erros, usando o corrector do Word. Sim, porque ás vezes começo a espanholar. A minha mãe já me apanhou ao telefone a balbuciar umas coisas ininteligíveis...

Creio bem que o meu regresso a França está cada vez mais eminente. Pelo menos assim espero. Aguardo uma resposta de trabalho com ansiedade. Vamos lá ver se posso voltar à civilização!

Sobre Barcelona, nada de especial para contar. Tudo na mesma, só mudou a estação. Mais frio, chuva, de resto tudo igual.

Estou a ler um livro muito fixe, do Murakami: 1q84. É uma espécie de jogo de palavras com 1984 do George Orwell, só que em vez do 9 tem um q. Estou no 3º tomo, e continua super-interessante!

O ponto alto dos últimos dias foi a visita de umas amigas de França, que me animou bastante.

Até breveJ

sábado, 10 de setembro de 2011

Barcelona


Olá!

Em alguns blogs, o tema de conversação é quais os prós e contras de estar a viver noutro país, as características dessa nova cultura, etc. No caso de ser de alguma utilidade, declaro que estar em Barcelona não tem nada de especial. Não é uma cidade fantástica, nem percebo muito bem quais os pontos de atracção: passam-me ao lado… (tirando as obras do Gaudi, isto é…) Claro que há coisas de que gosto, mas de uma forma global não tem valido a pena estar aqui. A nível de trabalho, a frustração é imensa, o salário baixo, e não há de todo valorização a nível laboral. Alugar casa é caro, bem como os transportes. A quantidade de ladrões e carteiristas por m2 é assustadora. Ando sempre com a mala agarrada, com medo de ser roubada. Parece-me que esta cidade é o máximo para adolescentes em férias, que querem beber até cair durante a noite e passar o dia a roncar na praia, até obterem a coloração de uma lagosta suada.

Não recomendo.  Espero que a minha próxima mudança seja mais frutífera.  

domingo, 12 de junho de 2011

Star Treck Enterprise



Ok, nem queria acreditar, mas no outro dia vi no Metro um rapaz igual ao Spock! Igual! Incrível encontrar em Barcelona uma pessoa vinda de Vulcano, mas lá estava ele, com aquele corte de cabelo (uma franja que só pode ter sido produzida em galáxias distantes com uma tecnologia mais avançada). Eu bem queria averiguar se as orelhas eram ou não pontiagudas, mas de repente o meu acompanhante faz-me sinal e diz-me para de olhar fixamente para o Spock! Eu fiquei muito emocionada, porque se até uma pessoa sem cultura inter-estelar nota a semelhança, é porque realmente é notória! Mas pronto, lá tive de disfarçar o olhar vidrado e entabular uma conversação sobre Star Treck, e como queria comprar a série na Amazon… mas de vez em quando olhava para o Spock, porque sou uma grande fã! Já não me lembro se saímos primeiro, ou se Spock e a sua franja abandonaram a carruagem antes de nós. Provavelmente esta perda de memória tem a ver com os seus poderes telepáticos, porque poderia estar em missão e não querer ser seguido, de maneira que todas as pessoas naquela carruagem deve ter um lapso de memória no que diz respeito à estação seleccionada para a saída de Spock. Foi um momento de rara beleza, e nunca mais o encontrei no Metro, nem a nenhum outro membro da equipa, que tenho estado atenta. È  tudo desde Barcelona, live long and prosperJ

sábado, 11 de junho de 2011

Barcelona


Voltei, ao blog e voltei de Portugal. Foi bom voltar, embora o tempo estivesse chuvoso. Não saí muito de casa, e quando o fiz foi porque tive um monte de coisas para tratar (“negócios”, papeladas, Banco, Centro de Saúde, etc…) de maneira que não fiz tudo o que queria nem vi toda a gente de quem gosto, para muita pena minha. Foram poucos dias… e uns aguaceiros pavorosos estragaram-me o curto tempo de que dispunha. Haverá outras oportunidades!

Coisas um pouco estranhas: uma ou outra loja onde ia com regularidade já não existem. O aspecto de alguns lugares mudou um pouco, mas não senti a cidade irreconhecível.

Mudando radicalmente de assunto: isto de trabalhar em Espanha é a maior frustração! Para além de os ordenados serem baixos e não haver condições, não temos direitos what so ever. A legislação não protege de todo o trabalhador, e a taxa de desemprego é tão alta que as entidades empregadoras gozam literalmente connosco, sem sequer dissimular que o fazem. Terceiro mundo total, pior que Portugal! Muito pior! Patrões abusivos, condições precárias, baratas mutantes gigantes nas instalações!... Quando puder fujo daqui em warp speed!




domingo, 17 de abril de 2011

Regresso


Vou a casa. Isto é como quem diz, a Lisboa. Surgiu a obrigatoriedade de gastar umas férias “de Inverno” (até parece que estou na Noruega, férias de Inverno soa-me algo ridículo!...), de maneira que vou ver como está o país. Ao ver as notícias sinto a gravidade da situação económica, mas pessoalmente, no local terei uma diferente noção.  

Durante este tempo, depois de Paris e agora em Barcelona, não tive tempo para entender o que sinto, ou o que tenho sentido até a este momento em relação ao meu país. Saudades? Ás vezes sinto pena de qualquer coisa… talvez pena de no meu país não sentir que posso ser reconhecida ou valorizada a nível de trabalho. Julguei que mudando-me para cidades mais avançadas, onde o meio artístico/beleza/cosmética/moda tem um maior relevo, a situação se invertesse… de repente dou por mim a fazer trabalhos com um nível bastante baixo do que anteriormente, e dou-me conta que nada melhorou nem tive novas oportunidades. Não será uma sensação agradável, mas foi bom morar numa cidade como Paris, numa zona agradável. O polimento dos parisienses, (em comparação com a brutalidade espanhola*) a gastronomia, a excelência da pastelaria e padaria; a beleza da cidade vai deixar sempre uma impressão vívida na minha memória.

* Não é brincadeira! Aqui as pessoas comportam-se como uma manada de búfalos. Se queremos circular numa rua cheia, não se desviam e vêm contra nós, apesar de estarem num grupo que ocupa 95% do espaço livre para se caminhar! No Metro, estão com as pernas estendidas, semi-deitados nos bancos, bloqueando a passagem, e não recolhem os pés para os outros passageiros poderem passar! Se estamos quietos e vêm contra nós, ou nos dão um golpe com as malas ou mochilas, ou nos pisam, dando-se perfeitamente conta do que fizeram, não pedem desculpa. Podem dizer o que quiserem dos parisienses, mas não experimentei nada disto na citée-lumière.

Após o meu regresso, comentarei as minhas impressões.

Um abraço.

quarta-feira, 30 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011


Depois de imenso tempo de um silêncio sepulcral, cá estou novamente! Novidades, a nível pessoal nada de importante. Bastam as terríveis novidades do que se passa actualmente no Japão. Por vezes falta-me coragem para ver os telejornais, sei que cada vez a situação piora mais, e tenho dificuldade em confrontar-me com as notícias.

Em Barcelona, a Primavera surge pouco a pouco, como que um sinal de que o mundo continua a girar. É reconfortante, e um pouco assustador.